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A que ponto hei de ter submetido escopo meu'? Nível alarmante de insanidade que, nesses momentos antecessores ao ingresso da paulistana, os poucos maços não são suficientes para conter minha insatisfação. Deixou de ser uma mera suposição, há completa certeza de que, enlouqueço mais a cada dia que sucede o anterior.
Se 'deus' não estiver morto, ordeno encarecidamente que, tenha alguma pena deste corpo medíocre, pois, um verme têm também capacidade de sofrer. Os estáveis e normais, que não compõem esse submundo pútrido e merginal da sociedade, tem seus ais ouvidos, subjugados, e também, evidenciados; esses abastados de sorte se destacam de nós, os nematelmintos sociais.
Apagar completamente tornou-se um desafio constante. O diabo hospedeiro do meu cérebro suga por completo qualquer, mínima que seja, chance de estabelecer uma vida com qualidade e digna de ser vivida. Existem dias infelizes em meu cotidiano, que, é impossível que meus olhos possam fechar-se para que meu cerne possa usufruir de algum descanso (em momento algum consigo estar em paz).
O corpo cilíndrico não segmentado movimenta-se em direção do amor unilateral, em busca de atenção e compreensão. Definitivamente a ciência encontra-se, ainda, subdesenvolvida, pois segundo estudiosos de muita influência intelectual, animais vermiformes, como eu, são incapazes de expelir lágrimas!
A proeza de conseguir apodrecer tudo que está em volta é realmente deveras curiosa, algum dia quem saiba, possa eu' ser premiada por tal talento incomum.
Era 2008, um sábado de outubro em Jundiaí, interior de São Paulo. Eu tinha só 16 anos. Um mês depois da primavera. Era meia-noite, ou um pouco mais do que isso, talvez o radiorrelógio estivesse atrasado em alguns minutinhos. O tempo era bem ameno, um dia tão comum, tava garoando bem fininho.
Tinha sido um sábado bastante agradável. Passei na casa da minha tia Leda, a fim de comemorar o aniversário do meu primo, quase irmão, Tiago, que também entrava na casa dos 16 anos de idade. Brinquei com meus primos menores em jogos de tabuleiro, futebol e bati um bom papo com os mais velhos. Teve churrasco, pudim de sobremesa, crianças roubando os docinhos da mesa antes do parabéns. Foi um ótimo dia. Mas voltei pra casa por volta de 18h. Eu ficaria só, pois meus pais haviam saído para jantar na casa de uns amigos numa cidade vizinha. Só voltariam na madrugada para o domingo.
Cansado do dia de festa, resolvi tomar um banho e tirar um cochilo. Após tomar um banho quente e colocar um pijama, fui pro meu quarto, liguei a TV e dormi em uns 10, 15 minutos. O sono foi além de um cochilo. Dormi pesado e fui acordar pela meia-noite e meia, quase 1h da manhã. Minha televisão estava sintonizada no canal Globo. Estava passando o Supercine, uma sessão de filmes semanal da emissora. E tocava aquela vinheta nostálgica do programa que passava aos sábados. O filme era “Cuidado… Ela é Uma Francesa”, lembro que parecia ser uma comédia.
A luz pálida do televisor era a única iluminação em meu quarto. Eu estava só em casa, queria aproveitar. Dizem que existe uma diferença escandalosa entre solidão e solitude. Eu não sabia qual era até o momento em que eu abri a janela do quarto para avistar as ruas ao horizonte.
Eu via muitas casas. Jundiaí não é uma cidade grande como Campinas, mas tinha seu charme. Essas casas que eu via, algumas estavam com luzes acesas, luzes que eram incandescentes e emitiam um brilho alaranjado, outras já eram um brilho mais esbranquiçado. O céu noturno dava um contraste absurdo à cena. Minha rua estava completamente deserta, só os carros estacionados, algumas motos também. E aquela vinheta ressoava em minha mente.
O mundo parecia solitário, ou ao menos aquele pedaço dele que é o meu bairro de infância. Mas eu gostava da sensação. Era a minha solitude contemplando aquela madrugada e nela eu me perguntava se outra pessoa estava na janela de seu quarto olhando o mundo.
Eu não diria de um sentimento feliz naquela ocasião, mas certamente era muito oportuno. Na calada daquela noite um pedaço do mundo dormia, num fim de semana. E uma chuvinha com uma vinheta simbólica para serem as minhas trilhas sonoras.
Eu sabia que ela iria embora, veio para um congresso na universidade terça e voltou hoje.
Fizemos o ensino médio juntos, nunca fomos muitos próximos, mas nos dávamos bem, ela também era (e ainda é) introvertida como eu, então é claro que não seríamos próximos, não tivemos tempo e maturidade suficiente.
9 anos desde o ensino médio em Camaçari-BA e o acaso fez com que nos encontrássemos em Campinas-SP, eu estava inseguro, ela está terminando o mestrado e eu a graduação, mas ela sabe que eu demorei muito para me encontrar e eu sei que ela trilhou o caminho acadêmico mais por falta de opções do que por prazer, no fim nos demos bem, não muito bem, mas bem, como nós velhos tempos.
Não alimentei nenhuma vã ideia romântica, primeiro porque ela tem namorado e segundo porque nunca, nem mesmo quando éramos adolescentes, considerei ela uma candidata a namorada, não. Sempre a vi como uma amiga, e nesses dias que passamos juntos, conversando sobre tudo, lembrei de como é bom ter amigos e amigas por perto.
Vou tentar manter contato, não vai ser fácil... Fazer amigos é difícil e manter as amizades é mais difícil ainda.
Voltarei a ficar sozinho, a solidão não tão "solicitude" como respondo aos que perguntam, mas tentarei fazer amigos e manter as amizades, e desejo a minha amiga toda a felicidade do mundo, pois ela merece.
Hoje estou olhando,visualizando,observando. Cada gota d'água,caindo na minha nuca Mudando a minha rota Mutando a minha voz noturna Ela me deu um novo sentido pra lua E uma nova vida pra lutar Formando uma pequena poça, De sonetos alegres, e alegorias Tão alegre quanto as pétalas de chuva que na vida caía e Tão tristes quanto as raízes de um alvorecer que prende a vida O passado é "loko" mas pensar que antes de te conhecer eu não via outro jeito de sofrer, Então vim te agradecer por me dar mais de uma Forma de morrer.
meu pensamento é feito em poesia
minha comunicação o som desafia
e todos os dias eu tento falar
o que eu sinto, o que eu sei
contra o rei, à terra e ao ar
na real esse é um convite livre
quem quiser tentar vai ver
mal tem limite, voz é só palavra e atenção
microfone é só detalhe
fale alto e algo lá do coração
com certeza, eu garanto:
em algum canto te ouvirão
ou não, sem ilusão
Raiva, Medo, Tristeza, Desilusão...
O tolo decidiu se livrar de tudo, buscando plena felicidade e satisfação.
O que restou para ele, no entanto, além de frio e escuridão?
Ah, mas que lástima, eu não posso morrer aqui
Essas pedras, meus tornozelos, e este rio.
Por que você tinha que ser a última que vi?
Ora, que gosto amargo, e tudo é silêncio.
A culpa sempre tem que ser de alguém.
Não posso morrer lembrando de ti.
Há algo que me impede... é na morte te esquecer,
Tudo a padecer por medo de você, meu bem.
Sepultura alguma guardará minha dor,
Pois tenho medo do escuro,
Medo de acordar trancafiado, como em vida,
E não fazer diferença dentro ou fora do sepulcro.
E, chegada a hora, meu bem, perdoe a mim.
Já é tarde, e por aqui a noite não tem fim.
Na noite, o rio torna-se o mais belo espelho;
Com sorte, terei os espólios das estrelas.
Afogando, a ver nelas o brilho belo dos teus olhos,
No escuro eterno, lembrar em afago teus ósculos.
Se assim for, nesta noite sem nuvens nem chuva,
Se só assim for, morrerei sem culpa.
Carpe Noctmoon 🌙
Se olharmos bem podemos ver,um jovem andando sozinho na apenas companhia de seu próprio ser, sozinho o jovem andava naquela noite fria, enquanto tudo e todos sorriam, ele estava sozinho, complementarmente sozinho..., com os fones nós ouvidos, cercado de seus devaneios, paixões e ilusões, apreciando a companhia de sua própria mente, oque fazia frequentemente, então sozinho continua sua caminhada, em meio a noite calada,a espada da solidão atormenta sua mente, ate que sua vontade de ter amigos se faz presente mas conforme o passado arde o seu desejo cessa e assim ele continua lutando a maldita luta que tudo solitário luta,até que ele chega em seu lar, com sua consciência ainda há voar, ele abre a porta e entra em seu quarto, um quarto bem simples possuindo apenas uma mesa com um computador e uma cama, paredes pintadas de azul e com marcas de lágrimas na cama, preso em seus devaneios, ele começa a divagar acerca de seus anseios, anseios, medos e desejos, enquanto faz isso ele parece feliz, imaginando ser parte daquelas nobres famílias da flor de Liz, mas enfim enquanto sua mente divaga, sua cabeça repousa, no travesseiro e ele na lousa mental de seus sonhos continua a divagar, divagar e sonhar sem limites e sem fim, até que novamente seu passado o atormenta e ele acorda de seus sonhos percebendo que melhor que viver na doce mentira é enxergar a amarga realidade, pois imaginar o presente não vivido dói mais que viver o presente dolorido.
Dos escombros, florescem vontades que jamais morreram.
Entre pedras quebradas, ainda resta uma chama que não se apaga.
Sou feita de fogo, reconstruo-me entre cinzas e sonhos.
Há desejos que persistem, mesmo nas paredes desmoronadas do meu coração.
Caminho entre ruínas, com o peso do passado e a leveza de um anseio.
Nos muros caídos, o vento traz promessas e saudades.
No silêncio das ruínas, sussurros que não se calam;
A poeira da queda ainda dança com os sonhos que resistem.
Nem todas as ruínas trazem o fim — algumas guardam ecos de desejos antigos, que ainda vivem em mim.
Você me veste, me imagina em um mundo totalmente seu, você me guia, sempre me nina num sonho que nunca morreu.
Meus cabelos você penteia, é a regente de nossa orquestra, que com tanto amor nos rodeia, amo pertencer a ti, minha mestra.
Sei que não sou mais uma em suas estilosas prateleiras, amo quando você me arruma, me faz posar para fotos faceiras.
Ser tua boneca é meu emprego, meu salário é teu riso e aconchego.
Uma linha desenhada no chão, fina como um fio de cabelo, separa o que chamam de “nós” e “eles”. Os sapatos de couro americano pisam firme de um lado, como se o outro fosse um abismo, um lugar de onde o chão cede e a gravidade puxa apenas imigrantes.
As placas, em inglês claro, dizem "Entrada Proibida", mas não há portas, só o vento levando poeira de um lado ao outro, ignorando fronteiras, misturando histórias que ninguém mais quer ouvir.
Um pássaro, sem passaporte, atravessa o céu sem pedir licença. Enquanto isso, um homem desenha muros com as mãos sujas de medo, mas as pedras que carrega foram moldadas por mãos que vieram de longe, mãos que construíram a própria cidade que agora tenta expulsá-las.
No fim do dia, a linha se apaga sozinha, com a chuva que não escolhe onde cair, lavando o chão que sempre foi de todos e nunca foi de ninguém.
Teu pelo negro como a noite, se apagou
Aqui eras a lua iluminando meu caminho
Por que minha nova estrela?
Agora me sinto tão sozinho
Por que as coisas se findam?
Por que teu amor não pôde ser eterno?
Por que eu sinto a angústia, o vazio?
Por que me deixastes no frio inverno?
Você sabia quando disse adeus
E no fundo eu senti também
Era chegada a hora temida
Te fiz uma prece, em tom de despedida
Teu corpo adormecido
Será que sentiu?
O quanto te amei, um último carinho
Enfim livre, a iluminar meu céu infinito
O mundo já não é o mesmo
Há dor em sofrer
Isso não é segredo
Mas sofrer foi opcional
Eu preferi me desfazer
E morrer um pouco em vida
Pra que tu pudesses correr
Em belos campos de borboleta
Um acorde vem, a chuva cai lenta, um gole dou e a boca gela. Tudo dança em um ritmo, mas os problemas aparecem e se fixam na mente, presos como notas suspensas.
Acordes vêm e vão, a chuva, agora, corre. A fumaça entra e sai, alguém me oferece paçoca, mas digo que tenho nada em meus bolsos.
Os acordes se repetem, uma voz canta ao fundo. Me pedem trocados, dou o que tenho — não é muito.
Dilemas flutuam, como a música, como a chuva.
Os acordes cessam, mas a mente ainda toca.
Queria recomeçar em um lugar distante e
esquecer todas as memórias jogadas.
Tudo acabou se perdendo pelo caminho,
nos devaneios compartilhados e em
seus olhares perdidos.
Lamentos se tornaram um
abismo entre os meus dias.
Bons sonhos se quebraram em
ilusões que me dilaceram.
O tempo continua se esvaindo
sem que a tranquilidade me encontre.
Assim como as folhas caem no outono, nosso amor atravessou as estações.
Como a luz que filtra entre as árvores, nossa história se desdobra em fragmentos.
Nessa dança constante de folhas secas, encontro ecos do que fomos, e em cada folha que se solta, sinto o peso do que deixamos para trás.
Nosso amor é o reflexo do outono, revelando as transições de nossa trajetória.
As nuvens carregadas trazem promessas de recomeços, mesmo em meio à melancolia.
Teu sorriso brilha como um sol tímido em dias cinzentos, aquecendo o frio que nos envolve.
Teu perfume evoca lembranças que aquecem e ferem meu coração ao mesmo tempo.
A brisa fria traz memórias quentes, e nas tardes cinzentas, sinto a melancolia de um amor que um dia foi vibrante.
Em cada folha que cai, vejo promessas não cumpridas, sonhos que se despedaçam.
Assim como as árvores se despem de suas folhas, eu me despedi de um amor que nunca mais voltará.
E mesmo que o inverno chegue, as cores do outono permanecerão em minha memória, eternamente vivas, como um lembrete da beleza que ainda pode renascer.
Somente podemos ver e experimentar a vida porque estamos aqui. Tudo que emana de nós, desde nossos pés até nossas mãos e pensamentos, é expressão da vida. Nada mais, nada menos. As frustações, alegrias e mudanças fazem parte do tecido da existência.
Falar da vida pode parecer óbvio, como destacar que o tempo passa, mas essa realidade está tão enraizada em nós que esquecemos que a vida nos permite vivê-la plenamente. Isso é uma característica única do nosso planeta.
Se considerarmos as vastas dimensões do universo, acreditamos não encontrar outra realidade semelhante. Claro que só podemos buscar compreender porque estamos aqui, sem especular sobre o que vem depois. A empatia, simplicidade e carisma nascem da convivência humana.
No entanto, a essência da vida permanece complexa e multifacetada. Não estou tentando simplificar, mas destacar que o presente é mais valioso do que nossa percepção do tempo. Nossas ações, pensamentos e sentimentos são interconectados.
Quando refletimos sobre nossas experiências, percebemos que cada momento é composto por milhares de detalhes. O presente é menos visível do que nossa passagem pelo mundo. Nossos sentimentos são intensos, mas muitas vezes ignorados.
Não sabemos o que o futuro reserva, a não ser que vivamos cada instante. A tecnologia pode facilitar nossa jornada, mas a essência da vida permanece em nossas escolhas e ações. A beleza da existência está nas pequenas coisas, muitas vezes despercebidas
Eu só queria saber como é respirar sem desejar ser notada por ele (você sabe de quem estou falando), sem querer que os olhos dele estejam sobre mim, sem me perguntar se ele finalmente esta brilhando os olhos ao me ver.
Ele nunca fez nada. Só sorriu para mim (uma única vez e por educação), passou perto de mim, deu risada de algo que eu era incapaz de compreender por estar a metros de distância.
Era só mais um menino, até eu reparar no cabelo, no sorriso, nos olhos…mas com o passar do tempo os sinais aparecem e me deixam claro que esse brilho todo não existe. O sorriso disfarça a imaturidade, os olhos escondem a arrogância. No entanto, a errada aqui pode ser eu. Posso estar jugando cedo de mais, posso ter interpretado seus atos de forma errada, posso estar enganada.
Ele tem purpurina, ele espalha purpurina! Ou eu estou me convencendo de que ele tem purpurina. Acho que a resposta mais provável é que eu estou alucinando, estou viciada na sensação das borboletas no estômago ou estou querendo convencer a mim mesma que consigo conquistar um amor impossível.
Vagando...
Vagando...
Eu me sinto perdido
Sem rumo nessa imensidão
Cansado, reflito
Fui eu quem tomou a decisão?
Entre laços...
Entrelaço...
Um livro a ser escrito
Mas já busco uma nova versão
Como folhas de bordo, existo
Mudando a cada estação
Passados...
Pensados...
Metamorfo, irrestrito
Já nem lembro qual a razão
Covarde, aflito
Sempre em busca da indecisão
Sonhos...
Selados...
Vagando entre laços e mitos
Entrelaço as melhores visões
Passados que não foram sentidos
Pensados como sonhos, selados com grilhões
Vagando, conciso
Vagando, sobrevivo
Hoje em dia, a inteligência é artificial e a burrice é genuina.
Viramos máquinas em direção a ruína,
Será que um dia as pessoas vão lembrar que a gente nasceu pra viver e não para morrer na rotina?
Todavia, cá estou eu onde começou,
Onde surgiu o apogeu de palavras em fileiras.
Sentado na velha cadeira, apaguei-as da mente,
Para que o que foi meu não mais morresse.
Que sempre vivesse em algum lugar,
Longe de mim, longe de quem sou.
Não em entalhes, nem gravadas em duras pedras,
Mas guardadas no silêncio que em mim opera.
Lampejos de culpa e o desejo de absolvição,
A luz que clareia valida a escrita e o sofrer.
O peso do mundo já não cabe à mão
Que não é mais minha, mas do que me fez crer.
Olhe-me aqui, de olhos ardidos,
Por lágrimas que acabaram de secar,
Enxugadas às pressas, com medo de quem verá
Meus sentimentos derretidos.
Eles escorrem pelas frestas do azulejo,
E, ao olhar essa herança da vida,
Minhas costas arqueiam.
Mas sei que, ao fim do dia, vou estar aqui,
onde tudo começou...
Carpe Noctmoon 🌙
E se ao menos uma vez...
Eu fosse um poema?
E não um poeta?
Se ao menos uma vez...
Eu virasse um poema?
E deixasse se ser poeta?
Como deve ser?
Ser aquele que sente?
E não aquele que escreve?
Será que eu vou viver?
O suficiente para ser aquele que sente?
E deixar de ser aquele que escreve?
Sabe as vezes nós poetas esquecemos.
Que o poema não é sobre escrever
É sobre sentir
Será que o poeta sente?
O suficiente para ser poema?
Em 2033, o mundo mergulha em uma espiral de caos e destruição. Superpotências como Rússia, China e a Coreia do Norte travam uma guerra implacável, enquanto o planeta sucumbe às mudanças climáticas, com tempestades apocalípticas, seca e o derretimento das calotas polares. As consequências de decisões políticas devastadoras, e as cicatrizes deixadas por anos de ambição, guerras e crises, levaram a humanidade à beira da extinção.
No epicentro desse colapso está Alice, uma figura envolta em mistério. Formada em Relações Internacionais, ela passou anos negociando nas sombras com governos autoritários, de Moscou a Pequim, tomando decisões que ajudaram a moldar esse cenário infernal. Agora, com seu corpo e mente quebrados pelo vício em medicamentos, Alice vive reclusa, perdida em um ciclo de culpa, arrependimento e dependência. Ela não é mais apenas uma mulher que participou das negociações mais secretas do século; Alice é o retrato vivo de uma alma consumida por seus erros.
Ao observar o mundo desmoronar através da tela de sua televisão, Alice se vê dividida entre ser uma heroína trágica ou a maior vilã do século. Enquanto as bombas nucleares devastam cidades inteiras e o colapso ambiental ameaça destruir o que resta do planeta, Alice luta contra a própria mente em uma jornada de autodestruição e desespero. Seus vícios – tanto os químicos quanto os emocionais – a arrastam para uma espiral de loucura que reflete o declínio do próprio mundo.
Nesse universo sufocante, onde o poder e a moralidade estão distorcidos, a linha entre o certo e o errado se desfaz, e Alice precisa encarar seus piores demônios. Entre a pressão de suas escolhas e o horror que ela testemunhou, surge a pergunta: ela foi uma vítima das circunstâncias ou uma peça-chave no colapso global? A protagonista carrega os fantasmas de suas decisões – decisões que trouxeram morte, destruição e a ameaça de extinção.
Esta é uma narrativa visceral e sufocante, que explora a corrosão da alma humana diante de uma realidade distópica. As guerras nucleares, o desespero das nações em ruínas, a destruição causada pela mudança climática – tudo isso é pano de fundo para o colapso interno de Alice. Em uma jornada sombria de autodescoberta, ela confronta o peso de suas ações e as cicatrizes que elas deixaram não apenas no mundo, mas dentro dela mesma.
Um drama psicológico brutal, que combina o terror existencial com um olhar cru e implacável sobre o futuro da humanidade. Esta história é uma reflexão assustadora sobre poder, moralidade, e até onde podemos ir antes que tudo – inclusive nós mesmos – se desfaça.
Evitando as suas perguntas com as minhas respostas
Enquanto a gente finge na solidão
Seu beijo sempre foi a minha glória
Eu não quero te evitar e achar que é solução
Por que escravos do orgulho
Colhendo o espinho e não a rosa ?
Sofrendo por quer, te amando por quero
Você é a poesia na prosa do meu verso
Não precisamos ser duas sombras do amor
Esse tempo nublado cinza como São Paulo
Não rima com nada
O passado me condenou, fez meus passos se tornarem cada vez mais efêmeros e superficiais, tornando meu destino como algo incompreensível, como algo intransferível, algo imutável, algo que não se pode ser compreendido, meu futuro está herdado das minhas frustrações passadas, me iludindo na ilusão, estou perdido sem emoção, tentando encontrar algo intrínseco, acabo vazio, como um sentimento ambíguo que não se pode ser compreendido, estou me afundando de forma sublime,
Sublima, tal como é minha paixão, paixão pela dor, paixão pelo sofredor, paixão por quem eu sou, alguém que se perdeu, e agora só quer sofrer, sentir dor até morrer, essa é a irônica tristeza de um ser,
Sem sentimentos, busco um lazer, mas acabo caindo em mais um buraco de pensamentos, e acabo perdido, não acho lazeres, não acho prazeres, só me encontro com a dor e o sofrimento, e é nele que construo morada pra me esquentar, sentimento tão irônico que é a frustração, frustração de tentar ser,
Goma de mascar, sou como tal, que estica e se perde o gosto com o tempo, sem tempo, sem gosto, sem nada,
Como uma formiga, desesperada pra comer, vou correr atrás de sal, matar meus companheiros, e acabar, aliviado, mas insatisfeito, totalmente isolado,
Como um rio em altas velocidades, vou ser afogado, e não vou tentar me recuperar, vou aceitar, e acordar, acordar em um lugar branco, sem sonhos distantes, apenas sonhos presentes, sonhos que não sou capaz de entender,
Homem, que tal é algo que não sei dizer, tal ser vivo impossível de compreender, que se mata pra se satisfazer, tantas ideias e poucas ações, acabo me procrastinando e me isolando, da verdade que sou.
Um bom dia... A janela range no começo de tarde. Sentada em minha cadeira nesse cômodo em tom cinza de fim de chuva, escuto os sons da rua: pessoas e crianças gritando, rindo, discutindo; o carro dos ovos "graúdos" passando; portões abrindo e fechando.
As horas vão seguindo e os pensamentos voam em caminhos e possibilidades e chances... Não sou mais esse corpo, não existo no presente. Sou impulsionada por toques eletrônicos de mensagens que não quero ler - e leio mesmo assim. E vejo o vídeo, rio e respondo. Suspiro.
Um miado me desperta e levanto. Sigo pelo corredor interminável dessa cabeça que não para, até chegar na cozinha. Café. De volta à realidade. Um bom dia.
deve ser bom namorar um poeta
eu não sei, nunca me aconteceu
_
nos relacionamentos que tive,
a poetisa sempre fui eu
_
nem deve ter sido tão bom, na verdade
declarações demais causam ansiedade
_
deve ter sido bom para os que
eu amei sem ser amada
_
ah, para esses escrevi os mais lindos versos
em minhas noites mais desesperadas
_
se bem que eles nunca leram,
então não foi tão bom assim
_
mas deve ser lindo namorar um poeta!
ser lida através de seus versos, isso sim
_
ser lembrada desde as manhãs
e até nas noites estreladas
_
ah, como deve ser feliz
quem por um poeta é amada
Tantos lugares poderia ficar. Mas em nenhum deles quero estar. Então pensei se você pode me abrigar, Se pode me dar um lugar para chamar de lar.
O sofá da minha vó ficou pequeno. A doce casa dos meus pais me sufoca. Pensei no quarto do meu namorado, Mas acho que ele me bateria a porta.
Então talvez se você me fizer um chá, Ao invés de me sufocar Traga de volta a sensação de lar.
Se você não me quiser, vou-me. A buscar outro lugar, Que me faça querer ficar.
O tortuoso caminho que leva à redenção não tem placas explicativas para pessoas como eu,
que se perde nas palavras tropeçando em si mesmo magoando sentimentos e fingindo que esqueceu.
Quem perdoa o imperdoável?
Se eu soubesse o que viria pensaria um pouco menos e agiria ao invés de me calar,
mas sabemos que não temos uma maneira de sabermos do futuro antes dele começar.
Quem insiste no inviável?
E sigo mandando desculpas sinceras
pra erros sinceros que já cometi,
anos e anos passei sendo um nada
para agradar quem jamais conheci.
O criminoso assassino que está na prisão não é tão diferente de alguém como eu,
que matei a mim mesmo esmagando minha alma e perdendo a calma que a vida me deu.
Quem evita o inevitável?
E se todos os santos morrerem em prantos a cada errinho que tantos me viram fazer,
posso ser condenado e me julgo culpado
só não deixe de lado que só fiz por você.
Quem acredita no inacreditável?
E sigo mandando desculpas vazias
pra erros vazios que jamais cometi,
anos e anos tentei ser alguém
para agradar a quem eu nunca vi.
Nessa quinta
Estou no jardim
Cheirando jasmin
Sem uma parte de mim
Choro sozinho assim
No meio do jardim
Nessa maldita quinta
O silêncio reina
E cala o barulho
Desconfortável mas familiar
O atejar de minha dor
Cala de viver o ardor
Nessa maldita quinta
Minha dor novamente arde sozinha
Nessa maldita quinta
A minha maldita vida
Sofre mais uma vez
Sofre mais um revez
Maldita quinta
Porque me atormenta
Com teu maldito silêncio?
Eu quero ouvir
Aquele maldito barulho
Que mesmo que me atormente
É a única coisa familiar
Nesse latejar...
Nessa dor....
Nesse ardor...
É melhor o barulho voltar
Não quero matar esse amável jardim
Com as mágoas
De minhas lágrimas
De minhas vivas e escarlates lágrimas
Quinta feira!!!
Maldito seja teu silêncio
No noite escura
Na mente obscura
Um pobre poeta
Expressa sua labuta
Qual labuta?
Compreender o biruta
Qual deles?
O mundo está tão cheio deles?
Sim.
Deixe de enrolação e narre
Quer que eu chore?
Não. deixe de sermão
E narre logo essa situação Claro...
Claro
Onde estávamos?
Nós estávamos falando da labuta
Do pobre poeta
Claro é aí que estávamos.
Aham
Tam,Tam,Tam.
A labuta daquele poeta?
Era ser atleta de maratona
Tá zoando como isso veio átona?
Não entendi
Como um poeta corre maratona?
Ora! Agora poetas não podem correr maratonas?
Não
Que vergonha filial
Pare de enrolação e deixe essa história celestial