/r/EscritoresBrasil
Um espaço amigável para escritores com qualquer nível de experiência/habilidade.
Tecnologia #5
Bem vindos! Esse é um espaço criado para a comunidade brasileira divulgar seu textos, ler boas histórias e aprender em conjunto novas formas de escritas!
Todos são bem-vindos a postar seus textos, mas sintam-se à vontade para contribuírem para a comunidade de qualquer maneira que achem ideal!
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Um resumo: os momentos finais de um homem, que foi apenas uma ferramenta durante toda a sua vida, e em seus últimos momentos, com sua amada morta, erguida sobre ele, ele se lembra, de momentos marcantes de sua vida. Cara, acho que eu posso está sendo exibido, mas acho que até agora foi o melhor que escrevi kkkkkkk
Sempre me pergunto qual estilo de história mais atrai a população brasileira de leitores hoje em dia, de modo geral. Quais vcs acham?
Constantemente, vejo pessoas fazendo confusão com esses termos aqui no reddit, então resolvi fazer esse post para ajudar a galera a não cair em cilada.
- Autopublicação ou publicação independente: é quando o próprio autor (como pessoa física) providencia todas ou boa parte das etapas pós-escrita. E quais são as etapas pós-escrita? São, não só estas e não necessariamente nesta ordem: revisão de conteúdo, correção ortográfica, diagramação, criação da capa, registro de direitos autorais, registro de ISBN, ficha catalográfica, código de barras, impressão, marketing, vendas, etc..
A partir do momento em que o autor entrega o texto dele a uma única empresa (pessoa jurídica) que assume as rédeas até o final da publicação, não se trata mais de uma publicação independente.
Aqui podemos estabelecer o primeiro ponto de atenção: em essência, existe autor independente e não editora independente.
- Editora: é uma empresa que assume todos os riscos de publicação do livro do autor. Isto é, ela arca com todos os gastos das etapas pós-escrita mencionadas anteriormente, porque ela acredita nos benefícios (artísticos e/ou financeiros) do livro. Trata-se de uma troca com algum sentido, afinal, o mais importante de um livro é justamente o conteúdo dele, não a parte gráfica ou burocrática atrelada a ele; logo, o investimento ocorre com a parte “autor” entrando com o intelecto e a parte “editora” entrando com o capital.
Sendo assim, temos o segundo ponto de atenção: se o autor pagou para uma empresa publicar o livro dele, essa empresa não é uma editora, é uma mera prestadora de serviços.
- Prestadora de serviços: qualquer empresa que realiza tarefas mediante pagamento sem um vínculo empregatício, seja esse vínculo regido por CLT ou regime estatuário.
Enfim, o terceiro ponto de atenção: não é a própria empresa que se autointitula editora, é o que ela faz que a define.
Agora vamos a alguns exemplos:
- Clube de autores, UICLAP, KDP... são plataformas de autopublicação (não existe editora de autopublicação), onde o autor faz o upload do livro que, teoricamente, já passou pelas etapas pós-escrita, podendo ser considerado pronto, e a obra passa a ficar disponível para venda sob demanda, ou seja, a plataforma só imprime o livro quando ele é vendido.
- Intrínseca, Nova Fronteira, Harper Collins, Suma, Record, Aleph... são editoras, que assumem o risco da publicação, desde que elas avaliem e acreditem no potencial do texto fornecido pelo autor.
- Qualquer empresa que cobra para o autor ser publicado não é uma editora, é uma prestadora de serviços; se ela se autointitula como editora, é melhor evitar.
Pessoal, acho que deve ser uma pergunta comum aqui, me desculpem se for o caso.
Estou querendo publicar meu primeiro livro em uma editora de autopublicação, mas tenho medo do que pode acontecer, sempre vejo gente reclamando de golpes, de falta de informação ou cumprimento de contrato. Lembro que uma época falavam muito mal da Chiado, hoje não vejo mais.
Quais editoras evitar e quais já ouviram falar bem que pode ser um bom negócio?
Valeeu!
Alma não tem cor — Kimberly
Estou assistindo a mais um episódio da série que estou acompanhando no momento, de bobeira, enrolando meu cabelo com os dedos, um calor dos infernos, usando apenas um shortinho e uma miniblusa sem sutiã, o ventilador ligado no máximo e as janelas escancaradas.
O episódio acaba e só então desperto pra realidade. Já são nove e horas e quinze minutos da noite. Eu já deveria estar a caminho da boate. Levanto da cama de um pulo e visto uma roupa qualquer que está no meu campo de visão, um jeans e uma camiseta. Calço os tênis, arrumo meus pertences na bolsa rápido e saio do quarto.
Camila está estudando na mesa da cozinha e minha avó está sentada na porta chupando laranja.
Ah meu Deus, que filha estudiosa eu tenho! - exclamo orgulhosa, dando um beijo na bochecha de Camila e ela corresponde com um sorriso vaidoso. - Você devia sair um pouco com seus amigos. Vai acabar criando raízes nesse barraco - aconselho preocupada com a saúde mental da minha cria.
Não tenho tempo para isso, mãe. Preciso estudar pro Enem! - ela reclama fazendo biquinho.
Mas você nem terminou o ensino médio ainda!
Por isso mesmo, quanto mais eu estudar, melhor será. Preciso conseguir uma boa pontuação pra entrar numa faculdade.
Deixa a menina, Kimberly, não é porque ela é sua filha que é festeira igual a você! - minha avó resmunga. Não a contesto. Eu tive Camila com quinze anos e só não me arrependi porque ela é uma garota maravilhosa, ajuizada, meiga, responsável e educada. Eu conheci o pai dela em um baile funk, transamos, a camisinha estourou e aqui estamos nós, eu com trinta e três anos, mãe solteira, tendo que me virar pra não deixar faltar nada pra ela. Não nego que pensei muito em fazer um aborto, mas graças a Deus eu desisti. Camilinha é muito inteligente, não quero que ela tenha que trabalhar de babá, faxineira ou doméstica. Quero que ela estude pra ser alguém na vida e para que isso aconteça, eu não meço esforços. Não que estas profissões não sejam dignas, só acho que não são valorizadas como deveriam.
Está bem, vó, você tem toda razão - também dou um beijo na velha só que na testa. - Boa noite para vocês, até amanhã cedo - me despeço e não espero resposta. Estou atrasada pra caramba. Meu expediente começa às vinte e duas horas. Gasto dois ônibus de onde eu moro até a boate. Um até o centro e do centro até o local.
Atravesso a favela praticamente voando, cumprimento um e outro no caminho até que chego no ponto. O problema de ser albina e ter nome estrangeiro é que é impossível passar despercebida, se tu cagar na rua vão dizer: "olha lá a albina cagando na rua" ou "olha lá a Kimberly" "Ah a Kimberly neta da dona Jussara?!"
Algumas pessoas me encaram sem disfarçar. Não ligo. Já me acostumei. Quando eu era mais nova tinha vergonha de ter nascido albina, mas hoje em dia essa condição faz com que eu me destaque, o que é ótimo para o meu ramo de trabalho. Suspiro fundo. Meu maior medo é que minha avó e minha filha descubram que eu trabalho em uma boate de stripper e trabalhadora do sexo e não de auxiliar de serviços gerais em um hospital. Eu sequer terminei o ensino médio. Não conseguia sair durante o dia por causa do sol forte, e quando tentei passar pro turno da noite eu fui assediada no trajeto e nunca mais quis sair de casa sozinha, até que quando eu fiz dezoito arrumei esse trabalho na boate e consequentemente ganhei mais segurança. Mas não tinha muitas opções. Quando eu engravidei, minha avó que deu conta de tudo, a coitada fazia faxina, passava e lavava pra fora, e ainda vendia doces na rua. Eu precisava trabalhar pra sustentar minha filha e minha avó que já está idosa. Até hoje ela não conseguiu aposentar porque nunca pagou INSS na vida e só recebe o auxílio do Loas. Mas vivemos no Brasil e é impossível alguém sobreviver com um salário mínimo pagando aluguel.
O ônibus finalmente chega parecendo uma sardinha, todo mundo junto e misturado, se espremendo para caber. Pra piorar tem um cara do meu lado que está fedendo a carniça. Na próxima vida eu quero vir rica. Ninguém merece. Eu que não achava que pudesse piorar, um outro cara para atrás de mim e me encoxa. Dou um pisão no seu pé e uma cotovelada no bucho dele, macho escroto da porra. Pelo menos isso é o suficiente para ele se afastar de mim.
Cinquenta minutos pra chegar no centro. Desço correndo até o outro ponto. Telefone tocando sem parar. É Tiara, a gerente da boate, essa mulher não larga do meu pé. Finjo que nem vi e continuo meu caminho. Felizmente o segundo ônibus está um pouco mais vazio e dá até para eu me sentar. Fico mexendo no celular, Facebook, Instagram. As mesmas coisas sem graça de sempre. Uma mistura de futilidades desgraças. Ajeito meus óculos e olho pela janela, a noite é minha amiga. Albinismo e sol não combinam. Quando eu era criança e insistia em andar no sol, vivia cheia de queimaduras e meu grau ocular só aumentou. Somos muito suscetíveis a doenças de pele, entre elas o câncer, e nossa visão é bastante comprometida, podendo levar a cegueira. Existem três formas de albinismo, o ocular, o parcial e o oculocutâneo e subtipos. O meu é a terceira forma, ou seja tenho toda a pele, os pelos e os olhos sem melanina.
Enfim chego na boate beirando a meia-noite. Sexta-feira, a casa já está lotada.
Cumprimento o safado do Diogo, o segurança. Acho que ele já pegou todas as putas dessa boate, inclusive eu, também não é para menos, ele é muito gato.
A Tiara está que nem doida atrás de você, Kim.
Foda-se - entro pelos fundos com Diogo rindo de mim.
A chata vem atrás de mim assim que me vê. Corro pro camarim porque estou atrasada e também porque quero fugir dela.
Você não tem jeito mesmo né, Kimberly? Isso são horas de chegar? Tive que pedir a Yara e a Jennifer pra irem primeiro.
Ótimo, assim a melhor fica pro final - debocho tirando minhas roupas e indo pro banheiro tomar uma ducha pra tirar inhaca de ônibus.
Só ouço Tiara soltar uma bufada e me deixar sozinha. Ela sabe que não adianta discutir comigo, eu sempre termino antes de começar com alguma pérola como essa.
Não demoro no banho. Me arrumo em frente ao espelho. Primeiro troco os óculos pelas lentes. Quando chega a parte que eu mais gosto da maquiagem, faço questão de passar umas três mãos de batom vermelho na minha boca carnuda pra ele ficar bem forte, da cor da fantasia de bombeira que eu estou usando. Esse tom destaca minha pele e meu cabelo crespo sem pigmento.
Dou mais uma conferida, suspiro fundo, e vou pra atrás do palco, faço um gesto pra Priscila, a DJ, ela entende que eu vou me apresentar agora e assim que ela me anuncia e a música começa a tocar e eu entro no palco, todos param para me ver tirar as roupas, enquanto danço sensualmente.
Uma cliente chama minha atenção. É uma mulher alta, cabelos castanhos longos e lisos, pele clara e roupas sofisticadas. Nunca a vi por aqui e esse ambiente não é muito frequentado por mulheres.
Ela não tira os olhos de mim. Uma energia poderosa e irresistível também faz com que eu não consiga parar de olhar para ela, e assim permanece durante toda a minha coreografia, como se eu estivesse dançando só para ela, como se só existisse nós duas nesse salão...
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Estou escrevendo fantasia, mas as vezes fico pensando: será que dá para escrever sagas de fantasias? Porque parece que tudo que se tem na fantasia já foi escrito. Já temos o mundo do Tolkien e de George RR Martin que a maior parte dos escritores de fantasias se inspiram neles. Então eu me pergunto: tem como fugir dessa bolha? Fazer uma saga de fantasia diferente de Game of Thornes ou uma trilogia completamente diferente de Senhor dos Anéis? Tem como escrever um saga de fantasia sem usar esses dois como inspiração e, sim, furar a bolha e escrever um mundo de fantasia do zero?
Estava entediado e tirei uma hora do meu dia pra escrever essa história. Poderia avaliar? https://heyzine.com/flip-book/819a035a15.html
A que ponto hei de ter submetido escopo meu'? Nível alarmante de insanidade que, nesses momentos antecessores ao ingresso da paulistana, os poucos maços não são suficientes para conter minha insatisfação. Deixou de ser uma mera suposição, há completa certeza de que, enlouqueço mais a cada dia que sucede o anterior.
Se 'deus' não estiver morto, ordeno encarecidamente que, tenha alguma pena deste corpo medíocre, pois, um verme têm também capacidade de sofrer. Os estáveis e normais, que não compõem esse submundo pútrido e merginal da sociedade, tem seus ais ouvidos, subjugados, e também, evidenciados; esses abastados de sorte se destacam de nós, os nematelmintos sociais.
Apagar completamente tornou-se um desafio constante. O diabo hospedeiro do meu cérebro suga por completo qualquer, mínima que seja, chance de estabelecer uma vida com qualidade e digna de ser vivida. Existem dias infelizes em meu cotidiano, que, é impossível que meus olhos possam fechar-se para que meu cerne possa usufruir de algum descanso (em momento algum consigo estar em paz).
O corpo cilíndrico não segmentado movimenta-se em direção do amor unilateral, em busca de atenção e compreensão. Definitivamente a ciência encontra-se, ainda, subdesenvolvida, pois segundo estudiosos de muita influência intelectual, animais vermiformes, como eu, são incapazes de expelir lágrimas!
A proeza de conseguir apodrecer tudo que está em volta é realmente deveras curiosa, algum dia quem saiba, possa eu' ser premiada por tal talento incomum.
Recostada uma árvore, A'fares passa suavemente seus dedos pela parte quebrada de sua galhada, e mesmo com o toque sendo suave, sua expressão treme de dor a cada um deles. Mesmo assim, ela deseja saber a dimensão do dano que levou, então continuou, até ter certeza de que pelo menos a metade esquerda de sua galhada fora destruída, sabendo dessa informação, ela exclamou, em uma voz dolorida, sem perceber, que seu nariz ainda sangrava, com o sangue escorrendo até seu queixo, e pingando no chão revestido de folhas.
"Merda...isso vai demorar pelo menos algumas semanas para crescer de novo..."
Com isso dito, enquanto ainda estava encostada na árvore, ela se sentou, enquanto mantinha seu olhar atento aos seus arredores. Vallis, com a sua adaga em uma mão, e duas facas de arremesso nas outras, andava de um lado para o outro, estava atento, pois dado os rugidos que podiam ser ouvidos por toda a floresta, a qualquer momento, poderia surgir algo. Em meio a sua vigília, ele percebeu que o nariz de A'fares estava sangrando, e com um assobio, para chamar sua atenção, ele apontou para o seu rosto, que parecia uma superfície perfeitamente lisa, a não ser por duas fendas, que são os seus olhos, ele apontava para um ponto onde normalmente se encontraria um nariz, o que fez com que A'fares, inconscientemente levasse sua mão ao seu próprio, e sentido a sensação de um líquido quente, e levemente pegajoso, ela não pôde deixar de olhar para a mão, que agora, estava manchada em vermelho. Vendo a reação de sua companheira, Vallis então a perguntou.
"Parece que percebeu, pela pequena pequena possa de sangue que tem aí no chão, acho que já tá assim a um tempo, me impressiona não ter notado. Se feriu em outro lugar?"
Ainda olhando para a sua mão, manchada com um líquido escuro, a expressão de A'fares não se alterou, como se já estivesse acostumada com isso, e sem pensar muito sobre isso, levou a mão à sua cintura, e apalpou, onde normalmente estaria um frasco com ervas, não havia nada, provavelmente caiu no meio da fuga. Então, ainda sentada, ela inclinou sua cabeça para trás, e fechou seus olhos, e com uma respiração lenta e profunda, ela falou a Vallis.
"Me dar um tempo, cuida de mim e por alguns minutos, tá?"
E com isso, ela ficou em silêncio, como se meditando. Enquanto ela estava em seu repouso, um feixe de luz solar atravessou as espessas folhagens das gigantescas árvores, características do terceiro anel de hammegris, essa luz iluminou justamente o local em que A'fares estava sentada, e em resposta, sua pele brilhou de maneira muito sutil, assim como seus longos cabelos dourados, que pendiam no chão, e pareciam ser ouro puro. Ao sentir o calor do sol, a expressão dolorida dela se suavizou, como se reconfortada com a luz solar, e em meio a uma floresta, permeada pelos rugidos de feras enlouquecidas, alí estava, uma cena que poderia facilmente ser comparada à uma pintura.
Olhando a reação que o corpo da amiga teve à luz, Vallis se aproximou um pouco e se agachou logo a sua frente. Ele já tinha visto ceffidios antes, e sabia que no verão, algo parecido acontecia quando suas peles estavam em contato direto com a luz solar, mas normalmente isso só se limita a uma melhora na pele, e um leve brilho nos cabelos, o que difere um pouco do que aconteceu com A'fares. E assim, se passaram alguns minutos, com Vallis observando ela, ponderando se isso teria algo a ver com a linhagem dela, ou com o estado de saúde, no entanto, ele teve de parar suas reflexões, quando ela de repente abriu os olhos, e com o nariz não sangrando mais, ela fitou Vallis com seus olhos dourados, e arqueando as sombrancelhas, ela teve uma estranha sensação de deja vu, o que a fez falar.
"Tenho a sensação que você estava com esse mesmo olhar naquela hora que estava olhando para o xarathis..."
Vendo que ela se levantou, aparentando estar muito melhor, Vallis se levantou também, e agora voltando o olhar para o nariz de A'fares, perguntou, em uma voz com uma nota sútil de preocupação.
"Impressão sua, mas deixando isso de lado, você não respondeu a pergunta que eu fiz antes, se machucou em outro lugar?"
Percebendo que normalmente as pessoas não sangram pelo nariz, A'fares abanou a mão, e respondeu, enquanto pegava seu arco, que estava em suas costas.
"Ah, não, eu devo só ter me estressado além da conta, bem, quase morremos no fim das contas. Não é nada grave."
Já recuperada, ela começou a caminhar, já com uma flecha pronta para ser armada em seu arco, e Vallis seguiu. Vendo que a preocupação imediata já tinha se dispensado, ele voltou ao seu habitual semblante descontraído, e enquanto girava a adaga em sua mão, aproveitou para perguntar um pouco mais sobre o frenesi.
"Então, toda vez é assim? Ou todo mês tudo na floresta simplesmente resolve que querem matar vocês?"
Caminhando em frente a Vallis, ela apenas respondeu em um tom neutro, sem olhar para trás.
"Nem. Quero dizer, eles ficam agitados, e a gente tem que tomar muito mais cuidado quando formos sair da aldeia, mas nunca foi algo nesse nível, normalmente os animais não se afastam muito de seus territórios, é a primeira vez acontece desse jeito, pelo menos no meu tempo de vida."
Ouvindo atentamente o que A'fares dizia, Vallis continuou a fazer notas mentais, de coisas para registrar em seu livro quando voltar para a estalagem, e estava prestes a fazer outra pergunta, mas foi interrompido antes mesmo de a começar, por um rugido, Alto, fino e gutural. Quando ele soou, todos os outros pararam, como se todos os outros animais temessem serem ouvidos, e A'fares parou sem aviso, fazendo com que Vallis a ultrapassasse por acidente, e assim, viu o seu rosto, ela estava suando e pálida, e ela, em um sorriso nervoso, disse, em um sussuro.
"Tenho duas notícias, uma boa e uma ruim, qual quer ouvir primeiro?"
Vallis, que estava confuso, enquanto seus olhos mudavam para um azul mais escuro, respondeu em voz baixa, presumindo haver uma razão para ela está sussurrando.
"Bem, vamos com a ruim primeiro"
A'fares apenas assentiu, e respondeu ainda sussurrando.
"Certo, como eu digo isso...o senhor da floresta...Ah, não, o caiesta, quero dizer, foi afetado pelo frenesi, normalmente ele consegue se controlar, mas eu acho que esse não é o caso, e ele provavelmente deve estar caçando agora...eu já te falei que ele é extremamente silencioso?"
Em resposta, Vallis apenas balançou a cabeça, enquanto o azul de seus olhos se escureciam ainda mais, era a sua curiosidade, sendo cada vez mais atiçada. A'fares continuou.
"Não? Bem, agora sinta a mesma ansiedade que eu, já que nem mesmo eu que tenho uma audição acima da média, em uma espécie que já tem ouvidos bons consegue ouvir ele, até ele estar perto demais. Vamos agora para a notícia boa, que é, ele provavelmente matou aquele devorador-de-cadáveres...vamos voltar para a aldeia por agora, deve ser mais seguro agora, assim como nós, as feras sabem que elas vão morrer caso ele as ache, mesmo quando completamente loucas elas sabem reconhecer a morte certa."
Com isso dito, ambos continuaram o percurso silenciosamente, e após uma hora de caminhada, A'fares ouviu um barulho de algo tocando a densa folhagem que revestia o chão daquela floresta, e imediatamente, atirou com o arco, e saiu correndo, Vallis fez o mesmo, mas aparentemente, segurando uma espécie de risada, e quando se afastaram, ele falou, em um tom risonho, enquanto seus olhos estavam em um verde água.
"A'fares, a assassina de frutos, um bom título, né? Acertou de forma certeira uma fruta que acabou de cair da árvore."
Respondendo ao comentário com apenas uma bufada e um olhar corretivo, apesar de um fantasma de um sorriso passar por seus lábios, ela continuou andando, até sentir um cheiro férreo, e quando eles se aproximaram da fonte do cheiro, viram uma cena de revirar o estômago de qualquer um.
As bases doa troncos das gigantescas árvores, agora estavam completamente cobertas por diversos tons de vermelho, e haviam quatro enormes cadáveres de animais, e estavam em tamanho estado de destruição, que não puderam ser identificados. No chão e nos troncos, haviam enormes marcas de garra, tudo isso parece ter ocorrido a poucos minutos. A'fares, segurando a ânsia de vômito, se aproximou de uma das árvores e analisou os arranhões, e sem parecer muito impressionada, ela falou a resposta que Vallis também já sabia.
"Ele passou por aqui...e deve estar pelas redondezas ainda."
Com isso, ela cambaleou um pouco para trás, enquanto continuava a olhar ao redor, assim como Vallis estava fazendo, esse, que de repente, viu algo branco passando ao longe, entre as árvores, e seus olhos, agora mudaram para um roxo, ele também começou a ficar assustado, mas tentava pensar em uma maneira de aumentar as chances de não serem marcados como alvos, e achou a sua esperança quando ao longe também, viu a menção da cabeça de uma criatura que parece ter se enterrado na terra, sua cabeça era colorida e de superfície plana, a permitindo se esconder se enterrando e deixando a cabeça de fora, se misturando nas folhas que ficam no chão, tinha dois olhos grandes e expressivos, e parecia uma espécie de roedor gigante, Vallis não sabia dizer, estava muito longe. Avistando a criatura, Vallis tocou no braço de A'fares, que teve um sobressalto pelo toque, e apontou para o arco, e em seguida ao ponto em que a criatura estava, sinalizando para ela atirar, e a ajudando a mirar, já que ela não estava vendo a besta, o disparo foi feito, e um grito estridente pôde ser ouvido, logo em seguida, um borrão branco se movendo até sua direção. O caiesta foi para mais longe deles, por enquanto, eles estavam seguros.
E assim, seguiram por cautela, com apreensão de emitirem qualquer barulho.
As vezes não deixo de escrever por preguiça, e sim porque enjoei da cara deles :\ e não é por antipatia, isso é recorrente até com séries e jogos que eu acompanho.
Vocês também tem dificuldade em escrever diálogos?
Postei no wattpad uma história que eu já estava desenvolvendo a um tempo pra escrever e agora terminei de ler o 1° cap pe achei ele tão vazio de diálogos, tenho dificuldade em criar diálogos, não sei se no caso desse capítulo está suficiente ou se está muito vazio, tenho medo dessa dificuldade que eu tenho em desenvolver os diálogos me atrapalharem.
Qual a opinião de vocês? Podem me ajudar?
Segue o link da minha história.
Gostaria de saber a curiosidade e o motivo.
A terra em Myth parecia ter desistido de si mesma. O horizonte era uma linha infinita de desolação: o chão seco, rachado, com fendas profundas, como se tivesse sido castigado por eras sem misericórdia. Árvores que haviam morrido há muito tempo permaneciam de pé, esqueletos de uma vida que outrora existiu, com galhos que apontavam para o céu como mãos implorando por uma chuva que nunca vinha. O ar era pesado e seco, como se o tempo tivesse parado, e o calor constante sugava a energia de qualquer ser vivo que ainda tentasse sobreviver ali. Fair estava entre esses poucos.
Sentado em uma pedra, com a coluna curva e os ombros caídos, Fair observava a vastidão diante dele. Seus olhos, escuros e profundos, eram um reflexo do próprio Myth: vazios de esperança, mas ainda teimosamente abertos, encarando o mundo, mesmo que o mundo não tivesse nada de bom para oferecer. Seu corpo magro e frágil denunciava uma vida de privações. O pouco que conseguia comer vinha de caçadas escassas ou da vegetação ressequida que insistia em crescer nas sombras, mas nada o nutria de verdade. A fome que sentia ia além do corpo. Era uma fome da alma, um desejo de escapar, de encontrar algo além da aridez sem fim.
Mas como? Como escapar de um lugar que parecia ser o único mundo possível? Myth não era apenas um local geográfico. Para Fair, era como uma prisão, uma jaula invisível cujas grades eram feitas do desespero e da incerteza. Ele havia ouvido histórias de outros lugares, sussurros de terras onde a água corria livremente e a vida florescia, mas nunca encontrara ninguém que realmente tivesse visto essas terras. Talvez fossem apenas lendas, contos de esperança para manter a sanidade em uma terra condenada.
A cada amanhecer, Fair acordava com uma única pergunta em mente: "E se houver algo além disso?". Mas a resposta nunca vinha. A cada pôr do sol, ele sentia o peso do fracasso afundar ainda mais seus ombros. Ele queria sair, precisava sair, mas Myth não oferecia caminhos. Era como se a própria terra conspirasse para mantê-lo ali, preso em um ciclo interminável de sobrevivência sem vida.
Uma noite, ao se deitar sobre o solo duro e frio, Fair fitou o céu, que era de uma escuridão tão densa quanto seus pensamentos. Não havia estrelas, não havia luz. Apenas um manto negro cobrindo o mundo. Ele se perguntou se aquilo era um reflexo de sua própria alma: sem brilho, sem direção. Um pensamento atravessou sua mente: "Talvez não haja como sair de Myth porque Myth não é apenas um lugar. Myth sou eu."
Esse pensamento o perturbou profundamente. Será que ele havia se conformado com sua própria prisão? Será que todo esse tempo ele esperava que algo ou alguém viesse para salvá-lo, quando a verdadeira salvação deveria vir de dentro? Mas o que havia dentro dele? Havia algo além do desespero, além da fraqueza? Havia uma centelha de força escondida sob o cansaço?
Nos dias que se arrastavam como sombras intermináveis, Fair começou a sentir algo diferente — não uma esperança, mas uma inquietação dolorosa. Myth sempre o manteve preso, mas agora ele sentia que o lugar estava apertando seu corpo e sua alma de forma insuportável. Ele não suportava mais o silêncio, o som do vento seco passando pelas árvores mortas, o eco vazio de seus próprios pensamentos.
Uma manhã, enquanto vagava sem rumo, seus pés o levaram até uma parte de Myth que ele raramente visitava. O ar ali parecia mais denso, como se até o tempo tivesse desistido de passar. E foi lá que ele viu. De longe, entre rochas desgastadas e arbustos secos, um buraco profundo, oculto pela poeira e pelo esquecimento. Um poço. A estrutura de pedra parecia tão velha quanto a própria terra de Myth, Fair se aproximou, hesitante. Ele olhou para baixo, tentando enxergar o fundo, mas apenas uma escuridão abissal o aguardava. Não havia água, apenas um vazio que parecia refletir a própria essência de Myth.
E se houvesse algo lá dentro? Não sabia o que esperava encontrar, talvez uma passagem, uma saída. Talvez fosse apenas a ilusão desesperada de alguém que já havia desistido de lutar. Mas naquele momento, o poço parecia ser sua última chance, sua última opção antes de se render completamente ao desespero.
Fair passou a noite acordado, deitado no chão seco de sua cabana. O silêncio parecia esmagá-lo, sufocante. Ele sentia o peso de Myth sobre seus ombros, a opressão de uma terra que não lhe oferecia mais nada além de morte lenta. Ele formulou um plano simples em sua mente: ele desceria. Usaria uma corda improvisada de galhos e pedaços de tecido de sua própria roupa. Prenderia a corda nas pedras ao redor do poço e desceria devagar, com cautela. Sabia que a estrutura era precária, e seu corpo frágil mal tinha forças, mas o que mais ele poderia fazer? O risco era tudo o que restava.
Ao amanhecer, com mãos trêmulas e um corpo que parecia lutar contra cada movimento, Fair começou seu plano. Não havia ninguém para ajudá-lo ou impedi-lo. Ele estava sozinho. Sempre estivera.
Quando chegou ao poço nu, o vento soprava levemente, levantando pequenas nuvens de poeira. Ele prendeu a corda o mais firmemente que pôde em uma pedra grande próxima à borda e, com o coração batendo descompassado, começou sua descida. Cada movimento era lento, medido, como se ele estivesse à beira de cair no esquecimento. O ar lá embaixo era denso, o cheiro de terra úmida e antiga subia até ele, misturado com o pavor crescente que enchia seu peito.
Por um instante, pareceu haver uma fagulha de algo novo, que nem mesmo sabia descrever. Fair estava a alguns metros dentro do poço, e as paredes de pedra áspera arranhavam suas mãos e braços enquanto ele descia. Mas então, um estalo. A corda improvisada começou a ceder. Fair tentou se segurar com mais força, mas seu corpo fraco não tinha a resistência necessária. O tecido começou a rasgar-se sob seu peso, e antes que pudesse reagir, a corda quebrou com um som seco, e Fair despencou.
O impacto foi violento. Ele sentiu seu corpo bater nas laterais do poço, rasgando sua pele, até que seu corpo finalmente colidiu com o fundo duro. A dor explodiu em seu peito, em suas pernas, em seus braços. Seus pensamentos se embaralharam, e a escuridão o envolveu por completo. Fair estava machucado, gravemente ferido, e o silêncio que o cercava era o mesmo que sempre o consumira.
Deitado no fundo daquele poço, ele não conseguia mais distinguir a dor física da emocional. Ambos se misturavam em uma única agonia, um vazio tão profundo quanto o poço em que havia caído. Seus olhos se fixaram no pequeno círculo de luz no topo, tão distante quanto suas esperanças.
Sua respiração estava fraca, e cada suspiro parecia mais difícil do que o anterior. O sangue escorria lentamente de suas feridas, manchando o chão sob ele. Tudo o que ele sentia era o peso da escuridão. Seria aquele o seu fim? Aquele buraco escuro e esquecido seria sua última morada? Seus pensamentos se embaralhavam, e ele fechou os olhos, incapaz de lutar mais contra a dor e o frio que começava a dominá-lo.
Deitado no fundo do poço, Fair sentia o peso esmagador da escuridão ao seu redor. Era como se Myth o tivesse engolido por completo, e o fundo daquele buraco era apenas o reflexo do que ele sempre temera: que nunca haveria uma saída. Sua respiração se tornava cada vez mais rasa, e a dor em seus ossos era tão forte que ele mal conseguia se mexer. O silêncio ali era absoluto, uma quietude que o abraçava, sufocante, como o ar pesado de Myth, sem vento, sem vida.
O pequeno círculo de luz no topo do poço parecia cada vez mais distante, quase como uma miragem, um eco de algo inalcançável. Ele sabia que não poderia sair dali. Seu corpo estava derrotado, tão frágil quanto os galhos secos que ele passava dias observando enquanto caminhava por Myth. Agora, ele próprio era apenas mais um fragmento quebrado naquele lugar, fadado ao esquecimento, assim como as árvores mortas, como a terra rachada.
No meio desse silêncio total, algo começou a se formar. No início, Fair pensou que fosse sua própria mente pregando peças. Um som leve, quase imperceptível, começou a vibrar nas paredes de pedra ao redor dele. Era um sussurro. Fraco, como o eco de uma voz que nunca deveria ser ouvida.
Ele permaneceu imóvel, lutando contra a dor para tentar focar seus sentidos. O som parecia vir de dentro da pedra, como se o próprio poço estivesse murmurando algo, uma espécie de lamento perdido no tempo. Fair tentou se mexer, mas a dor lancinante o manteve imóvel. Mesmo assim, o som se tornava mais claro. Não era um ruído comum, era uma voz — baixa, sombria, como o vento assobiando por entre as ruínas de um lugar esquecido.
“Alguém… está aí?” sua voz saiu fraca, rouca, quase inaudível. Era tudo o que conseguia dizer.
O som persistia. Era um murmúrio inquietante, como se algo estivesse se movendo atrás das paredes de pedra, rastejando nas entranhas daquele poço. Fair, com o coração acelerado pelo medo, tentou se erguer, mas seu corpo, ferido e exausto, não respondia. Ele estava preso, impotente, vulnerável a algo que não compreendia. O que quer que fosse aquela presença, ela não era humana. Havia algo de primitivo, de antigo, naquilo que agora o cercava.
A voz sussurrante parecia aumentar, ganhando força, se contorcendo entre as pedras como uma serpente que deslizava em um espaço apertado. Fair sentiu a fria umidade da parede ao seu lado, e algo lhe causou arrepios profundos, uma sensação de que aquela presença o observava, o estudava de dentro da escuridão. A mesma escuridão que ele sempre temera em Myth.
Ele tentou gritar novamente, desta vez com mais força, mas tudo o que conseguiu foi um gemido fraco, sufocado pela dor. Suas mãos tremeram ao tocar a superfície fria das pedras, buscando desesperadamente uma saída. “Por favor...” sua voz vacilava. “Ajuda…”
O som pareceu responder, mas não como ele esperava. A voz não vinha para salvá-lo, não trazia conforto. Era um som distorcido, antigo, como o ranger de árvores mortas, o choro da própria terra de Myth. E então ele compreendeu. Myth o havia prendido ali, não para libertá-lo, mas para consumi-lo.
Fair, agora cercado pelo sussurro contínuo e perturbador, sentia sua esperança se esvair completamente. Era como se o próprio poço estivesse devorando seu espírito, deixando apenas uma casca vazia. A voz oculta não era a de um salvador. Era a voz de Myth, sussurrando o que ele sempre soubera, mas nunca quisera admitir: não havia escapatória. Myth era ele. Myth o chamava para se tornar parte de sua eternidade árida, seca, esquecida.
Fair, fraco e ferido, sentiu sua mente começar a se desfazer, confundida pela dor e pelo som incessante. Ele não sabia se o que ouvia era real ou apenas os ecos de sua própria loucura. De qualquer forma, não importava mais. O poço se tornara seu túmulo, e as vozes, seu réquiem.
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* 96% feito por IA, apenas removi algumas partes que considerei desnecessárias e alterei algumas palavras, achei que o resultado ficou muito bom.
Estou querendo colocar algumas firulas e enfeites relacionadas a determinados momentos da história mas estou tendo muita dificuldade em encontrar referências ou como fazer. Como se chama aqueles negócios que coloca entre os capítulos ou aqueles nomes enfeitados? Eu já assisti uns 100 vídeos de diagramação e não vi ninguém usando, então não sei nem como se chama. Alguém?
eu e mais uns amigos estamos criando um servidor de minecraft, e pensamos em ter uma "lore" escondida,que seria uma história por tras do mapa espalhados por aí, a comunidade de players iriam que teorizar,procurar,etc,etc .
basicamente procuro pessoas criativas, so por diversão por enquanto.
Estou pensando em começar a lançar livros para ganhar popularidade com minhas obras. Fiz algumas pesquisas sobre, mas a maioria dos vídeos indicavam plataformas mais famosas que eu já conhecia (como Wattpad e entre outros de um ramo semelhante), mas que não se encaixavam muito no perfil de público que eu queria. Vcs conhecem algum?
No projeto #MemóriasMusicais desta sexta-feira, mergulho em memórias do dia 21 de maio de 2023, quando minha cachorra, Mila, faleceu. Acima de um relato de tristeza, ou de saudade, é um texto sobre a beleza do amadurecimento diante de uma atitude bela, mas dificílima: deixar partir.
O texto é baseado na música We Love You So, composta por Carter Burwell para o filme "Onde vivem os monstros" (2009), uma canção instrumental que tem muito a nos dizer em seus 4 minutos de duração.
TRECHO: [...] “We Love You So” me faz lembrar daquele momento de conexão quando, depois de Mila morrer, eu olhar para o céu e agradecer. Com ela ali, deitada no meu colo, eu me senti completo. Foi como um fechar de ciclo. Sozinho naquele quintal, antes tão cheio de vida e latidos e correria, eu não estava triste, mas sim sereno. Eu não era como os monstros uivando a partida do amigo, mas sim o Max, olhando para a praia de aventuras com os olhos marejados, coração apertado, mas ciente de que eu precisava sorrir e seguir em frente. [...]
Quero trazer essa discussão aqui, porque tenho passado por um dilema na minha vida. Eu adoro escrever, eu me sinto bem escrevendo histórias. Porém, tenho passado por dois problemas.
1° : Tenho dificuldades no desenvolvimento da história. Não consigo criar situações interessantes pro meu protagonista
2°: Incerteza econômica Vivemos num país desigual como o Brasil, e é bem desmotivador ver gente ganhando dinheiro com maneiras tortas.
Se puderem me ajudar, vai ser de bom tamanho. :)
Meus livros ainda nem foram publicados e tenho medo de ser substituido antes de sair
Essa história escrevi para um trabalho de português, achei ontem numa pasta antiga.
Eu tinha 13 anos naquela época, era um garoto feliz, até que os nazistas pegaram minha família, minha mãe foi separada de nós, minha irmã foi levada para um "banho" - Ela nunca mais voltou - Eles rasparam nossos cabelos, eu e meu pai fomos selecionados para o "trabalho", minha mãe, que estava grávida foi mandada para o "banho". Fomos enviados para um lugar onde eles estamparam triângulos em minha roupa, um triângulo azul com um S me identificava como imigrante espanhol.
Fui mandado para o trabalho, no dia seguinte, nos enviaram comida, não tinhamos colher, garfo ou faca, tinhamos que comer como cachorros.
Anos depois, em 27 de janeiro de1945, o melhor dia da minha miserável vida, os russos chegaram e nos encontraram, os nazistas já haviam levado grande parte dos prisioneiros para as marchas da morte, eu fui deixado lá, para eles eu nem valia a pena, mas fui salvo.
Agora, com 95 anos, penso nesses dias cruéis, estou em casa, cuidado pela cuidadora, ainda tenho sequelas daqueles anos, me sinto não merecedor dos cuidados dela, as vezes durmo chorando enquanto penso em todas aquelas torturas, todas as mortes que presenciei, o choque na expressão dos russos me dá arrepios até hoje.
Eu me refiro ao processo de formação do texto. Como vocês pensam na história? Eu por exemplo, sou dinâmica, sento em frente uma criança e ligo o gravador do celular, faço um “teatrinho” com os brinquedos, vou imaginando uma história e contando ela. O fato é que fica simplesmente perfeito e o próximo passo é só fazer a digitação. E hoje, em mais ou menos 1h e 30m fiz todo o meu segundo livro infantil apenas com essa técnica de improviso (ele e o primeiro fazem parte de um projeto de extensão da facul e tá virando artigo científico). E eu fiquei muito feliz com isso e me perguntei “Como é o processo de criação das outras pessoas?”
Observo a todos. Sempre com o olhar da adaga de prata. Os observo dormindo, clamando pelo chamado do caminho abismal do medo. Você possui Ilinterpidez em sua alma? Veja, as palavras flutuam livremente nesse éden em que vivemos mas, acredite quando digo as ações são ditas melhores que o temor nos mais novo lá pela aprovação da maioria. Mas, ainda observo o luar de suas vidas enxutas de desespero. Boa noite. Estarei observando...
Esse é uma parte de um livro meu que eu gostaria de postar aqui se não se importarem. Quero ler suas opiniões se desejarem.
Estou buscando desesperadamente por ajuda na realidade, esse é meu primeiro livro, busco ajuda em como desenvolver uma boa narrativa e o desenvolvimento, por isso logo abaixo deixo o link do primeiro capítulo do meu livro, eu queria ajudar em como poder descrever, desenvolver e forma uma boa estrutura para a história do livro, olha eu espero que isso pareça ser algo minimamente decente, porq eu tenho zeros experiências em escrever livros, mas eu até que gosto de ler certos contos, mss, resumidamente é isso, eu gosto de gêneros como ficção científica e sobrenatural, tanto que a trama central do meu livro é isso, agora espero que pelo menos gostem da trama.
Trama; Um cara que vivia no período da época acabou sendo amaldiçoado por uma Divindade com a Imortalidade, ele, nós tempos atuais tenta se vinha da entidade, tentando a encontrar.
(Link do livro https://drive.google.com/file/d/13B_vEskSJ6D_GhNpK4i4nKA-tTMdudqt/view?usp=drivesdk) (Espero que gostem desse resto de aborto :)
"A estrada"', livro do Cormac McCarthy, é uma daquelas obras que eu chamo de "livro tapa na cara": ele te conduz para um abismo de reflexões sobre os fardos da sociedade, as cicatrizes da humanidade e os meandros da existência, tudo isso mexendo com nossos brios. E é exatamente devido a esse peso dramático que o autor soube balancear o sentimentalismo da trama e trazer uma obra enxuta e crua.
Neste vídeo, nós mergulhamos nas minhas memórias tanto sobre o livro como sobre o filme baseado em "A estrada". Vamos entender o que é a dramaticidade do texto, os perigos do exagero emocional, a diferença entre drama e melodrama, como não transformar nosso texto em uma novela mexicana (arriba!) e a necessidade de, por vezes, simplificar esse lado do sentimentalismo para termos uma narrativa mais harmoniosa.
Assista em: https://youtu.be/Wb0Zo4WqCNY
Dúvidas, dicas, sugestões de temas, eventuais elogios e pedradas, só chamar! ;-)
Então, desde que comecei a escrever, eu tenho focado na minha história principal até então, mas ultimamente, vez ou outra tenho brincado com histórias curtas, de um só capítulo, e uma delas que comecei a fazer um esboço agora a pouco, era uma que consistia no diálogo de dois pesquisadores que estavam fazendo uma autópsia de uma das raças (humanoide) que eu escrevi, é uma boa eu dar uma revisada em fisionomia humana ou posso só ir de uma vez?
Galerinha, vcs que participaram desses concursos para incluir um conto numa antologia... Vale a pena?
Pelo oq entendi é uma editora pequena dedicada ao terror. O tema proposto tem a ver com a minha escrita e os temas que costumo desenvolver (sobrenatural, terror, horror etc). Mas confesso que estou insegura, não pelo texto, mas pela coisa td...
Um dia eu nasci. Um dia eu morri. Um dia eu renasci.
Sofri por aquilo, Ou sofri por isso? Realmente não importa. Agora habita um novo ser que se comporta, Baseado no que é, no que há e no que foi.
Estou longe de ser Murdock, Mais longe ainda de ser Jó, E demasiadamente mais distante de ser Cristo.
Mas ainda renasci, e hoje eu digo que finalmente e realmente...
NASCI.
O que acharam?
Contexto: "O ano é 1984. Você é um jornalista de um pequeno jornal local. Após uma tarde pacata sem movimento algum que valesse a pena noticiar, você se levanta de sua mesa, apaga a luz e se dirige ao lugar que está seu carro estacionado. Você adentra o carro como de costume, sem prestar atenção para qualquer coisa que pudesse lhe chamar atenção. Antes de dar partida, você olha no retrovisor central do carro e percebe que uma das janelas traseiras está quebrada e, além dos cacos de vidro, há um tijolo e um envelope com seu nome grafado. Você estranha, mas decide olhar o conteúdo. Ao abrir, se depara com fotos de um local estranho, com quadros obscurecidos pela qualidade ruim da câmera e dois corpos femininos estirados. No verso, os dizeres _O que mais está escondido no quintal dessa casa?_"
Fala, galera! Há algum tempo propus que fizéssemos contextos para praticarmos nossa escrita. Tentei elaborar um aqui rapidinho e já quis compartilhar com vocês. Estou ansioso para ler cada uma das ideias de vocês.
Forte abraço!