/r/EscritoresBrasil
Um espaço amigável para escritores com qualquer nível de experiência/habilidade.
Tecnologia #5
Bem vindos! Esse é um espaço criado para a comunidade brasileira divulgar seu textos, ler boas histórias e aprender em conjunto novas formas de escritas!
Todos são bem-vindos a postar seus textos, mas sintam-se à vontade para contribuírem para a comunidade de qualquer maneira que achem ideal!
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Como é dada a relação entre os sentimentos de ódio e altruísmo humano? Essa relação ao menos existe? E por quê?
A partir do momento que desencadeamos um sentimento por outro alguém, seja a necessidade de prestar apoio, ou, desgosto iminente, o subconsciente trilha o seu funcionamento, levando-nos a fazer o inimaginável pelo indivíduo amado, odiado, ou até mesmo, desconhecido.
É também, perceptível, que tais sentimentos fomentam no cotidiano comum, a atribuição de importância sobre os outros, inclusive, muitas vezes unilateralmente.
Por isso, hei de pensar e teorizar que todos os sentimentos tem origem nas mesmas raízes, assemelhando-se, mesmo possuindo uma distinção tão clara.
Ambíguo, não?
Ambiguidade.
(Escrevo há pouco menos que dois meses, gostaria de receber algumas críticas) [...]
Me chamo Alan, tenho 14 anos, estou prestes a completar 15 esse dia 4, apenas queria compartilhar o loop em que me encontro, escrevo meu livro, reviso, mudo muitas coisas, e jogo as pessoas para me contar o que elas acham, recebo as criticas, as compreendo, melhoro a historia, lanço ao povo, recebo as criticas... até que parei aqui, no quarto capitulo, percebi que eu lanço um capitulo, espero a aprovação e continuou o loop, mas o ruim é que isso demora mais de 2 semanas, e perco o fluxo criativo, e ele não fica do mesmo jeito da escrita do passado, como se ele fosse incompleto, ou bom de mais, então volto pro inicio, reviso tudo de novo, outras de opinião... estou preso em um loop, eu quero que fique perfeito, mas sei que como é meu primeiro livro, vou errar, mas não aceito, e vou atrás de opiniões para que melhore o que esta aceitável para um escrito iniciante.
Estou escrevendo um livro que já faz dois anos que não acabo – por motivos como procrastinação e problemas no enredo. O problema em questão é que já se passa de 100 páginas e o conflito definitivo – que leva o nome da história – ainda não aconteceu. Todas essas 100 páginas eu estou usando para desenvolver os personagens e o ambiente para quando as coisas começarem, porém vai demorar e muito. Eu sei que você pode dizer: " Ah, é só você apagar algumas coisas desnecessárias que vc escreveu e poupar o tempo do leitor." Porém, tudo que escrevi naquelas 100 primeiras páginas é importante na história. Nada daquilo é irrelevante ou precisa ser descartado. Tudo que está lá é de suma importância para a história. Mas tenho medo que os leitores se cansem de ler meu livro por causa disso. Não sei o que faço, meu livro tem um movimento lento e vou explorando as coisas aos poucos até chegar no confronto final. Porém tenho receio que o leitor vai abandonar meu livro logo nas primeiras 20 páginas. Até pq hj em dia as pessoas querem consumir as coisas de maneira rápida. Quase ninguém consegue assistir séries ou filmes porque demoram demais. Se é assim com filmes e séries, imagina com livros. Pfv me ajudem.
"Oh, my Gosh! There's a bomb!" Sim, uma bomba está prestes a explodir aos pés do mocinho que se contorce, preso a um cabo de força que irá ativar o detonador. "Oh no!" Para salvar o jovem, o nosso herói Chiquinho ("YEAH!") só tem uma hora para evitar a tragédia ("AAAH..."). É aí que, capítulo a capítulo, hora a hora, você, nobre autor, nobre autora, desenvolverá a tensão dessa aventura. Porém, como fazer isso mantendo o clima de suspense no ar?
"Rá!", você berra, "Ticking clock!". Oh, yes! Desenvolvido pelos melhores cientistas literários do planeta, essa técnica revolucionária irá transformar seu mero Chiquinho correndo de um lado para o outro, feito uma barata tonta, em um Chicão que fará seus leitores devorarem teu texto como se a vida deles dependesse disso. E será que não depende?
Neste vídeo:
- Conceito do ticking clock;
- Como usar a técnica;
- Exemplos em filmes, séries e livros;
- Diferenciação entre ticking clock "físico" e "simbólico";
- Exemplos práticos.
Assista em >>> https://www.youtube.com/watch?v=6rBNetrzvdc
Blindagem
Porque hoje eu blindei meu coração.
Fui soldando frases duras, desaparecimentos, cada vez que fiquei triste...
E a blindagem deve aguentar uma – improvável – investida sua.
Seus olhares, sorrisos e carinhos têm prazos pré-estabelecidos. Demorei a enxergar.
Uma chama temporária que outrora esquentava, hoje machuca.
Então, hoje eu decidi blindar meu coração;
Me livrando dos pensamentos que fazem a proteção afrouxar.
Usando os fatos para apertar cada vez mais as placas de decepção;
Soldando com eletrodos revestidos de resignação.
E deixar o amor (oh, não!) morrer de inanição.
Eu estou desenvolvendo esse jogo praticamente sozinho. Eu já comissiono alguém pra fazer a arte, mas todo o trabalho sujo (planejamento, história, programação) fica pra mim. Eu não me considero um bom escritor, e pior, nem tenho muito tempo pra me dedicar. Eu não tenho nenhum amigo que se interesse por escrita nem pelo meu jogo pra me ajudar, por isso eu aceitaria pagar alguém por comissão pra cumprir esse papel. O único requisito é que essa pessoa tenha jogado algum jogo do gênero (ou aceite jogar), já que é uma escrita um tanto quanto diferente do que se costuma ver em livros. Quem tiver interessado mande seus valores.
Na história que eu estou criando,monstros de diversos folklores viram reais e um grupo é responsavel por caçá-los, para a história possuir mais apelo internacional eu pensei nela se passar em vários países e não só no brasil,o problema é que tenho medo de ser acusado de racismo caso eu jnclua países como a asia,africa e oriente medio,devido ao fato de os criptideos desse país fazerem parte da cultura deles,mas eu também estou com medo de ser acusado disso se eu não incluir esses países
Meu livro já está pronto. Diagramado, editado (em ebook já está cortando na alta) etc., porém quando converto para pdf o tamanho do arquivo muda. O numero de paginas diminui. Os capítulos começam no meio da página, tudo se perde. Desde a pagina da ficha catalográfica e do mapa já estão desconfiguradas...
Alguém sabe o motivo? Alguém sabe como resolver? (explique como se eu tivesse oitenta anos)
Imagino que muitos aqui já tenham convertido seus textos. Já tentei em 3 sites de converter diferentes, e deu sempre o mesmo resultado. O documento está perfeito em word, mas a UICLAP só aceita pdf.
Obrigado (coloquei a tag feedbacks porque achei a mais proxima ^^)
Seu vestido vermelho se destacava, mesmo não sendo o único. Seus olhos de cor caramelizada brilhavam à luz do luar, um olhar despreocupado. Sem intenção de voltar para casa tão cedo.
Todos se perguntavam como uma jovem tão bela como aquela, não teria um acompanhante. Mulheres e homens se aproximavam dela, atrás de respostas, mas sem sucesso.
Todos a olhavam, sua alegria contagiava o lugar e os que estavam ao redor começavam a dançar. A moça pulava, dançava e cantava como ninguém. Sua risada tão doce quanto açúcar ecoava por todo o lugar.
Os que passavam, paravam para ver a bela dama que havia alegrado uma festa inteira. Aproveitavam que não havia nenhum compromisso e se juntavam à multidão.
Em pouco tempo a vizinhança inteira estava em festa, dançando, pulando e cantando, seja adulto, criança, homem ou mulher, senhor ou senhora, ninguém ficava de fora.
Um rapaz que estava no palco, se interessou pela moça e esperou até o fim da festa para conversar com ela. Mas quando se deu conta, o sol já estava nascendo e as pessoas logo para suas casas iam descendo.
Foi à procura da dama. Mas ela já estava longe, sem deixar nenhum rastro, ela desapareceu. Enquanto a vizinhança estava tentando descobrir quem seria aquela belíssima mulher.
A moça olhava para o horizonte, fascinada, encantada pela simplicidade que a natureza proporciona.
Então respirou fundo e riu, riu como se houvesse amanhã, lágrimas escorriam por suas bochechas. A dama ria o quão alto podia e enquanto sua doce risada ecoava, ela sumia aos poucos até sobrar um pequeno amontoado de borboletas.
Borboletas que, com suas asas vermelhas que brilhavam mais que os raios de sol daquela manhã, voaram para algum lugar mais distante ainda, sem rumo para qualquer que fosse seu destino.
Gosto de música clássica porque me sinto viva. Sinto tantas emoções e todas elas me excitam.
Felicidade.
Tristeza, Oh a tristeza. Angústia, os medos, euforias. Tudo, sem que uma palavra seja dita.
Meu corpo se arrepia com as notas. Minh'alma envolta de melodia. Uma das mais lindas que meus ouvidos puderam escutar.
Este é um dos momentos, em que me sinto feliz por estar viva.
Clássica música ao entardecer, faz me ouvir tudo aquilo que não quer ou não posso ver.
A estrutura da sociedade racista me incomoda. O patriarcado me incomoda. O machismo velado me incomoda.
Ser mulher nessa sociedade e apenas viver, é um ato de coragem.
Por quanto tempo seremos corajosas ?
Este é para fins artísticos e para não deprimir em pensamentos.
O quanto um autor de uma obra deve ouvir a base de fãs? O quanto um autor deve adicionar ideias de fãs a sua história? Um quanto um autor deve MUDAR a sua história pra agradar fãs da internet? Eu honestamente acho que independente da escrita ou das decisões que o autor faz em sua obra , deve ser respeitado , é a obra DELE , é ele que está escrevendo e botando a mão na massa. Tudo bem que fazer um agrado e um fanservice de vez em quando é algo maneiro mas o autor sempre deve levar em conta o que ELE quer fazer antes de qualquer outro. E vocês? Qual a opinião de vocês acerca desse assunto?
Recentemente eu postei um desabafo sobre se era possível escrver uma história de fantasia sendo 100% original e saindo da bolha de fantasias como as do Tolkien e George RR Martin – agradeço desde já todos os comentários que me responderam. Mas agora eu tenho algo a discutir. Eu penso que o Brasil deveria muito investir seus filmes em outros gêneros. O que mais vemos é filmes de ação – que sempre se passa numa favela e fala sobre trafico – e de comédia pastelona que ninguém gosta. Porém, porque o país não investe em outros gêneros para os filmes? Porque não fazem filmes de terror ou de aventura e sobretudo, fantasia? Aí que entra os livros. Tem muito autor bom brasileiros que escrevem ótimos livros e sagas de fantasia e outros gêneros. Porque o mercado áudio visual não investe nessas obras e produzam filmes que furem a bolha do cinema nacional usando os livros que autores nacionais escrevem? A única obra de fantasia brasileira que tenho conhecimento é a novela da globo Deus Salve o Rei, fora isso eu não conheço nenhuma
Vocês que fazem tudo sozinhos, conseguem indicar um bom canal para ensinar a diagramar? Estou trabalhando na produção da Capa e aprendendo a diagramar. Achei os preços absurdos para meu bolso kkkk. E como saber se a caba tá indo bem? (Meu problema é que livros de ficção são melhores de ilustrar, com capas mais livres, o meu livro é "não ficção" e o medo de fazer caca é grande kkk, estou na 3 versão dela, mas considero que evolui muito, pois está condizente com o tema.
Olá amigos. Estou com algumas dificuldades no Google docs. Preciso que apareça a página atual do documento, mas não o número de página no cabeçalho ou rodapé, e sim a "página atual" igual aparece no Word. No Word essa informação é fixada no canto inferior esquerdo e no Docs só aparece qnd coloca o mouse sobre a barra de rolagem, eu preciso q essa informação apareça sempre. Conseguem me ajudar?
Alguém pode me ajudar? Sou péssimo em descrever os cenários para o meu livro. Tenho tudo na minha mente, mas não consigo colocar no papel. Não sei por quê, mas tenho dificuldade em descrever o que estou imaginando. Isso também acontece com as roupas dos personagens; não consigo descrever os detalhes, especialmente quando são roupas de época. Existem exercícios que eu possa fazer para melhorar essa habilidade?
Aos poetas desse subredit vocês também possuem muita dificuldade com a métrica?
Pessoalmente eu odeio métrica por deixa minha imaginação quadrada.
E outra coisa só por curiosidade qual é o estilo de vocês?
Sempre que eu pergunto qual é meu estilo para as outras pessoas(eu pessoalmente não consigo classificar meu estilo) elas me falam que meu estilo é caracterizado por intensidade emocional, linguagem coloquial, constante uso de metáforas e antíteses, introspecção, reflexões filosóficas, temas existenciais, angústia existencial, melancolia, procura por respostas,fluxo de consciência e por escrever só poemas de versos livres(descobri oque isso significa hoje).
Por isso fiquei curioso para vós perguntar isso qual é o estilo poético de vocês?
Quais assuntos de português devo dominar para começar a escrever?
Tenho muita criatividade,consigo criar roteiros incriveis na cabeça,mas ao passar para o papel a minha insegurança com o meu nível de português me atrapalha muito,sempre tenho a sensação de que estou errando algo.
Já fazem alguns meses desde que comecei a escrever, e pude notar através de análise, que muitas das histórias as quais escrevo, acabam por terem trechos exageradamente descritivos, coisas que poderiam ser resumidas em três ou cinco palavras, e isso ocorre com frequência em cenas de ação, em que a descrição acaba quebrando o clima, que até aquele momento, foi construído. Alguém poderia me dar alguma dica de como balancear entre a descrição e ação?
Sabe aquela pessoa que só escreve o que está na moda? Só mergulha em um tema se aquilo gerar algum burburinho? Por mais que para muitos essa atitude pareça natural (e até desejável), saiba que as pessoas que fazem isso podem ganhar o título de "oportunistas".
O conceito de "escritor/escritora gafanhoto" é uma realidade pouco conhecida por muitos autores iniciantes. No vídeo de hoje, eu lanço esse alerta para que você analise se não está nessa armadilha e se o seu grupo não anda te influenciando a agir assim. Acima de tudo, é um alerta para que você se afaste do desespero e crie uma carreira baseada no respeito.
Assista em: https://www.youtube.com/watch?v=uLGm5X4ofQk
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SE EU ME DEITASSE AGORA, EU SEI QUE DORMIRIA
Sonharia de novo com possibilidades de fim
Vacas mortas por sarjetas pulantes de sangue
Mortos andantes nas andanças a esmo
Mundo cansado, moribundo, enfim
Se eu me deitasse agora, eu sei que apagaria
Velejaria por sombras do menino que ri
Cadela sufocada no colo do dono
Doentes respirando cinzas dos mortos
Planeta moribundo tomando morfina
Se eu me deitasse agora, eu sei que esqueceria
Viraria um qualquer nas mãos de Morfeu
Cairia num abismo de incredulidade
Crente nas crenças de velhos sonhos
Sozinho na descrença da realidade
Se eu me deitasse agora, eu sei que voaria
Deixaria para trás a necessidade de ser
Nadador da escuridão rumo às profundezas
Lobo autofágico sedento da carne de si
Berrador emudecido em caixa de censura
Se eu me deitasse agora, eu sei que atiraria
Travesseiro-veleiro no contexto do caos
Lençol-vela aberto ao relento
Bala-pesadelo no desnudar madrugador
Despertar profundo na superfície da vida
Se eu me deitasse agora, tudo mudaria
Silenciar de tramas sem começo nem fim
Calendários rasgados
Textos queimados
Corpo cremado
Se eu me deitasse agora, eu sei que morreria
Se eu me deitasse agora
Se eu apenas me deitasse
Deitasse… agora…
Deito…
Adeus.
Um resumo: os momentos finais de um homem, que foi apenas uma ferramenta durante toda a sua vida, e em seus últimos momentos, com sua amada morta, erguida sobre ele, ele se lembra, de momentos marcantes de sua vida. Cara, acho que eu posso está sendo exibido, mas acho que até agora foi o melhor que escrevi kkkkkkk
Sempre me pergunto qual estilo de história mais atrai a população brasileira de leitores hoje em dia, de modo geral. Quais vcs acham?
Constantemente, vejo pessoas fazendo confusão com esses termos aqui no reddit, então resolvi fazer esse post para ajudar a galera a não cair em cilada.
- Autopublicação ou publicação independente: é quando o próprio autor (como pessoa física) providencia todas ou boa parte das etapas pós-escrita. E quais são as etapas pós-escrita? São, não só estas e não necessariamente nesta ordem: revisão de conteúdo, correção ortográfica, diagramação, criação da capa, registro de direitos autorais, registro de ISBN, ficha catalográfica, código de barras, impressão, marketing, vendas, etc..
A partir do momento em que o autor entrega o texto dele a uma única empresa (pessoa jurídica) que assume as rédeas até o final da publicação, não se trata mais de uma publicação independente.
Aqui podemos estabelecer o primeiro ponto de atenção: em essência, existe autor independente e não editora independente.
- Editora: é uma empresa que assume todos os riscos de publicação do livro do autor. Isto é, ela arca com todos os gastos das etapas pós-escrita mencionadas anteriormente, porque ela acredita nos benefícios (artísticos e/ou financeiros) do livro. Trata-se de uma troca com algum sentido, afinal, o mais importante de um livro é justamente o conteúdo dele, não a parte gráfica ou burocrática atrelada a ele; logo, o investimento ocorre com a parte “autor” entrando com o intelecto e a parte “editora” entrando com o capital.
Sendo assim, temos o segundo ponto de atenção: se o autor pagou para uma empresa publicar o livro dele, essa empresa não é uma editora, é uma mera prestadora de serviços.
- Prestadora de serviços: qualquer empresa que realiza tarefas mediante pagamento sem um vínculo empregatício, seja esse vínculo regido por CLT ou regime estatuário.
Enfim, o terceiro ponto de atenção: não é a própria empresa que se autointitula editora, é o que ela faz que a define.
Agora vamos a alguns exemplos:
- Clube de autores, UICLAP, KDP... são plataformas de autopublicação (não existe editora de autopublicação), onde o autor faz o upload do livro que, teoricamente, já passou pelas etapas pós-escrita, podendo ser considerado pronto, e a obra passa a ficar disponível para venda sob demanda, ou seja, a plataforma só imprime o livro quando ele é vendido.
- Intrínseca, Nova Fronteira, Harper Collins, Suma, Record, Aleph... são editoras, que assumem o risco da publicação, desde que elas avaliem e acreditem no potencial do texto fornecido pelo autor.
- Qualquer empresa que cobra para o autor ser publicado não é uma editora, é uma prestadora de serviços; se ela se autointitula como editora, é melhor evitar.
Pessoal, acho que deve ser uma pergunta comum aqui, me desculpem se for o caso.
Estou querendo publicar meu primeiro livro em uma editora de autopublicação, mas tenho medo do que pode acontecer, sempre vejo gente reclamando de golpes, de falta de informação ou cumprimento de contrato. Lembro que uma época falavam muito mal da Chiado, hoje não vejo mais.
Quais editoras evitar e quais já ouviram falar bem que pode ser um bom negócio?
Valeeu!
Alma não tem cor — Kimberly
Estou assistindo a mais um episódio da série que estou acompanhando no momento, de bobeira, enrolando meu cabelo com os dedos, um calor dos infernos, usando apenas um shortinho e uma miniblusa sem sutiã, o ventilador ligado no máximo e as janelas escancaradas.
O episódio acaba e só então desperto pra realidade. Já são nove e horas e quinze minutos da noite. Eu já deveria estar a caminho da boate. Levanto da cama de um pulo e visto uma roupa qualquer que está no meu campo de visão, um jeans e uma camiseta. Calço os tênis, arrumo meus pertences na bolsa rápido e saio do quarto.
Camila está estudando na mesa da cozinha e minha avó está sentada na porta chupando laranja.
Ah meu Deus, que filha estudiosa eu tenho! - exclamo orgulhosa, dando um beijo na bochecha de Camila e ela corresponde com um sorriso vaidoso. - Você devia sair um pouco com seus amigos. Vai acabar criando raízes nesse barraco - aconselho preocupada com a saúde mental da minha cria.
Não tenho tempo para isso, mãe. Preciso estudar pro Enem! - ela reclama fazendo biquinho.
Mas você nem terminou o ensino médio ainda!
Por isso mesmo, quanto mais eu estudar, melhor será. Preciso conseguir uma boa pontuação pra entrar numa faculdade.
Deixa a menina, Kimberly, não é porque ela é sua filha que é festeira igual a você! - minha avó resmunga. Não a contesto. Eu tive Camila com quinze anos e só não me arrependi porque ela é uma garota maravilhosa, ajuizada, meiga, responsável e educada. Eu conheci o pai dela em um baile funk, transamos, a camisinha estourou e aqui estamos nós, eu com trinta e três anos, mãe solteira, tendo que me virar pra não deixar faltar nada pra ela. Não nego que pensei muito em fazer um aborto, mas graças a Deus eu desisti. Camilinha é muito inteligente, não quero que ela tenha que trabalhar de babá, faxineira ou doméstica. Quero que ela estude pra ser alguém na vida e para que isso aconteça, eu não meço esforços. Não que estas profissões não sejam dignas, só acho que não são valorizadas como deveriam.
Está bem, vó, você tem toda razão - também dou um beijo na velha só que na testa. - Boa noite para vocês, até amanhã cedo - me despeço e não espero resposta. Estou atrasada pra caramba. Meu expediente começa às vinte e duas horas. Gasto dois ônibus de onde eu moro até a boate. Um até o centro e do centro até o local.
Atravesso a favela praticamente voando, cumprimento um e outro no caminho até que chego no ponto. O problema de ser albina e ter nome estrangeiro é que é impossível passar despercebida, se tu cagar na rua vão dizer: "olha lá a albina cagando na rua" ou "olha lá a Kimberly" "Ah a Kimberly neta da dona Jussara?!"
Algumas pessoas me encaram sem disfarçar. Não ligo. Já me acostumei. Quando eu era mais nova tinha vergonha de ter nascido albina, mas hoje em dia essa condição faz com que eu me destaque, o que é ótimo para o meu ramo de trabalho. Suspiro fundo. Meu maior medo é que minha avó e minha filha descubram que eu trabalho em uma boate de stripper e trabalhadora do sexo e não de auxiliar de serviços gerais em um hospital. Eu sequer terminei o ensino médio. Não conseguia sair durante o dia por causa do sol forte, e quando tentei passar pro turno da noite eu fui assediada no trajeto e nunca mais quis sair de casa sozinha, até que quando eu fiz dezoito arrumei esse trabalho na boate e consequentemente ganhei mais segurança. Mas não tinha muitas opções. Quando eu engravidei, minha avó que deu conta de tudo, a coitada fazia faxina, passava e lavava pra fora, e ainda vendia doces na rua. Eu precisava trabalhar pra sustentar minha filha e minha avó que já está idosa. Até hoje ela não conseguiu aposentar porque nunca pagou INSS na vida e só recebe o auxílio do Loas. Mas vivemos no Brasil e é impossível alguém sobreviver com um salário mínimo pagando aluguel.
O ônibus finalmente chega parecendo uma sardinha, todo mundo junto e misturado, se espremendo para caber. Pra piorar tem um cara do meu lado que está fedendo a carniça. Na próxima vida eu quero vir rica. Ninguém merece. Eu que não achava que pudesse piorar, um outro cara para atrás de mim e me encoxa. Dou um pisão no seu pé e uma cotovelada no bucho dele, macho escroto da porra. Pelo menos isso é o suficiente para ele se afastar de mim.
Cinquenta minutos pra chegar no centro. Desço correndo até o outro ponto. Telefone tocando sem parar. É Tiara, a gerente da boate, essa mulher não larga do meu pé. Finjo que nem vi e continuo meu caminho. Felizmente o segundo ônibus está um pouco mais vazio e dá até para eu me sentar. Fico mexendo no celular, Facebook, Instagram. As mesmas coisas sem graça de sempre. Uma mistura de futilidades desgraças. Ajeito meus óculos e olho pela janela, a noite é minha amiga. Albinismo e sol não combinam. Quando eu era criança e insistia em andar no sol, vivia cheia de queimaduras e meu grau ocular só aumentou. Somos muito suscetíveis a doenças de pele, entre elas o câncer, e nossa visão é bastante comprometida, podendo levar a cegueira. Existem três formas de albinismo, o ocular, o parcial e o oculocutâneo e subtipos. O meu é a terceira forma, ou seja tenho toda a pele, os pelos e os olhos sem melanina.
Enfim chego na boate beirando a meia-noite. Sexta-feira, a casa já está lotada.
Cumprimento o safado do Diogo, o segurança. Acho que ele já pegou todas as putas dessa boate, inclusive eu, também não é para menos, ele é muito gato.
A Tiara está que nem doida atrás de você, Kim.
Foda-se - entro pelos fundos com Diogo rindo de mim.
A chata vem atrás de mim assim que me vê. Corro pro camarim porque estou atrasada e também porque quero fugir dela.
Você não tem jeito mesmo né, Kimberly? Isso são horas de chegar? Tive que pedir a Yara e a Jennifer pra irem primeiro.
Ótimo, assim a melhor fica pro final - debocho tirando minhas roupas e indo pro banheiro tomar uma ducha pra tirar inhaca de ônibus.
Só ouço Tiara soltar uma bufada e me deixar sozinha. Ela sabe que não adianta discutir comigo, eu sempre termino antes de começar com alguma pérola como essa.
Não demoro no banho. Me arrumo em frente ao espelho. Primeiro troco os óculos pelas lentes. Quando chega a parte que eu mais gosto da maquiagem, faço questão de passar umas três mãos de batom vermelho na minha boca carnuda pra ele ficar bem forte, da cor da fantasia de bombeira que eu estou usando. Esse tom destaca minha pele e meu cabelo crespo sem pigmento.
Dou mais uma conferida, suspiro fundo, e vou pra atrás do palco, faço um gesto pra Priscila, a DJ, ela entende que eu vou me apresentar agora e assim que ela me anuncia e a música começa a tocar e eu entro no palco, todos param para me ver tirar as roupas, enquanto danço sensualmente.
Uma cliente chama minha atenção. É uma mulher alta, cabelos castanhos longos e lisos, pele clara e roupas sofisticadas. Nunca a vi por aqui e esse ambiente não é muito frequentado por mulheres.
Ela não tira os olhos de mim. Uma energia poderosa e irresistível também faz com que eu não consiga parar de olhar para ela, e assim permanece durante toda a minha coreografia, como se eu estivesse dançando só para ela, como se só existisse nós duas nesse salão...
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Estou escrevendo fantasia, mas as vezes fico pensando: será que dá para escrever sagas de fantasias? Porque parece que tudo que se tem na fantasia já foi escrito. Já temos o mundo do Tolkien e de George RR Martin que a maior parte dos escritores de fantasias se inspiram neles. Então eu me pergunto: tem como fugir dessa bolha? Fazer uma saga de fantasia diferente de Game of Thornes ou uma trilogia completamente diferente de Senhor dos Anéis? Tem como escrever um saga de fantasia sem usar esses dois como inspiração e, sim, furar a bolha e escrever um mundo de fantasia do zero?
Estava entediado e tirei uma hora do meu dia pra escrever essa história. Poderia avaliar? https://heyzine.com/flip-book/819a035a15.html